sexta-feira, 2 de outubro de 2009

500 dias com ela


Zooey Deschanel e Joseph Gordon -Levitt
“Cansado de dar entrevistas o dia inteiro? Estou num país diferente, todo mundo me trata bem, me leva para lugares legais e gostam do meu filme”. Essas são as palavras de Marc Webb, diretor de videoclipes premiados que estreia em um longa com (500) Dias Com Ela, em exibição no Festival do Rio. Aos 34 anos, ele comanda uma comédia romântica que a todo momento desmonta os clichês do gênero. No longa, o amor não chega a ser dramático, mas está longe de encontrar soluções fáceis. “Queria fazer algo pop, com músicas que fossem acessíveis e, ao mesmo tempo, convidativas, informando o que se passa na cena”, afirmou o diretor em entrevista ao Cineclick.


O argumento de (500) Dias Com Ela é simples. Tom (Joseph Gordon-Levit) acredita no amor e conhece Summer (Zooey Deschanel), que não acredita. E agora? O abismo entre expectativas de Tom sobre o que seria uma relação e como a realidade se desenha à sua frente movem o filme. “É esse o tema do filme. Temos o costume de esperar de maneira comodista o amor, acreditar que vai haver a pessoa certa e, quando ela chegar, todos os problemas vão estar resolvidos. Isso é balela! Isso para mim é preguiçoso, Tom espera o amor no seu colo. Eu acho que isso é uma visão de garotos sobre o que é um romance”. Os encontros e desencontros desse casal em nascimento são contados ao longo de 500 dias, de maneira não-linear. O que acompanhamos no futuro tem seu espelho no passado explicado.


Marc Webb afirma que sua motivação não foi fazer um filme anti-clichê. “Não queria fazer anti nada, pensava apenas em ser autêntico. Muitas pessoas dizem que é uma comédia anti-romântica, mas eu acho o filme romântico. Pessoas nos criticam porque fingimos fazer um filme que subverte mas deixamos um ponto de esperança. Besteira, estamos cercados de amor”.




(500) Dias Com Ela - que chega aos cinemas brasileiros em 13 de novembro. “Antes de dirigir esse filme, teve outro roteiro que me atraiu muito, Os Estranhos, de terror. Mas eles não me quiseram”, ri o diretor. Qual será o seu próximo passo no cinema? “Algo mais masculino, com mais músculo... Entende?”. Não. “É difícil de definir, não é um filme de ação, algo mais agressivo. Existem vários filmes agressivos, como Cidade de Deus, mas que não são de ação”. Vamos ter de esperar para conferir o que virá por aí.

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